É sempre bom Comunicar!


por Daline Gerber
 

Na noite de segunda-feira, 25, houve uma movimentação diferente no ICHS com o início da 3ª Comunicar. Já no hall de entrada do Instituto, os participantes da 3a Semana Acadêmica de Jornalismo da UFRRJ e todos que por ali passavam puderam conferir a exposição de fotos dos alunos do curso de Jornalismo.
Alunos que comunicam!
Foto de Hygor Mendes
No Auditório Paulo Freire, às 18h, a Comissão Organizadora do evento, formada por um grupo de dez alunos do curso, tomou a palavra. Foi possível, aos presentes, entender o objetivo não somente da Comunicar!, mas também o motivo de serem alunos os responsáveis pela Semana. Victor Sena, aluno do 6º período, destacou a filosofia que permeia a prática dos alunos que cuidam da instituição onde estudam.
– Não estamos na Universidade apenas para estudar, fechar o livro e ir embora. Estamos aqui para vivenciá-la, colaborar com ela, fazer parte dela.
Foto de Hygor Mendes
Antes do início das palestras, uma surpresa. A professora Cristiane Venâncio, em nome do corpo docente e dos alunos, leu um texto em homenagem à professora Simone Orlando, que está deixando a coordenação do curso, depois de mais de três anos de dedicação e trabalho intenso. 
– Simone, fazer um lead tendo você como personagem sempre é, além de uma busca, um aprendizado de boniteza e de alegria, pois sua entrevista é marcada de amizade, de compartilhamento e de solidariedade. Você tem nos ensinado que a generosidade deve ser a palavra que aparece em todos os títulos e subtítulos do nosso trabalho(…) A sua generosidade, de fato, é redundante e hiperbólica, por causa disso, nossas matérias serão sempre sensacionalistas. Nós temos uma coordenadora sensacional. Com você, aprendemos que a nossa responsabilidade como professores é tornar possíveis os sonhos dos nossos alunos. 
Ao final da leitura, a professora Simone Orlando, emocionada, agradeceu as palavras e acrescentou.
– Eu fico muito grata por participar de tudo isso. Mas vamos trabalhar!
As palestras
O tema da mesa foi Mídia, educação e juventude e a primeira palestrante Catarina Chagas, editora-assistente da revista Ciência Hoje das Crianças (primeira revista brasileira sobre ciência para criança). Catarina explicou a dinâmica dos artigos e em que momento o jornalista, enquanto profissional, participa da elaboração final do texto. Segundo a palestrante, existe um alto controle de qualidade para que ítens como linguagem e ilustrações sejam adequados ao público infantil. Ao mesmo tempo, a revista vem tentando, cada vez mais, manter um diálogo com o leitor mirim para oferecer um produto relevante que não subestime seu conhecimento prévio.
A segunda palestrante, Simone Ronzani, é a idealizadora e fundadora do Recontando, um site infantil que objetiva recontar, de maneira mais lúdica, notícias que saem na mídia tradicional. O projeto pretende contribuir na formação do pequeno cidadão, para que ele, desde cedo, conheça o mundo em que vive e como a sociedade funciona. O Recontandoconta com um conselho editorial especial: quatro crianças que analisam os conteúdos e a forma como são transmitidos. Dentre eles, está o filho de Simone, Henrique, fonte inspiradora para que o trabalho se desenvolvesse tal como é. A jornalista e pós-graduada em Gestão de Entretenimento gosta de manter contato constante com os leitores para verificar se as produções limitam ou realmente provocam nas crianças um olhar mais crítico e mais autônomo sobre as coisas que acontecem no mundo.
O último palestrante a se apresentar foi o jornalista e ativista em Educação Caio Dib. Cansado de trabalhar dentro de escritórios frios e desumanizados, Dib decidiu viajar pelo Brasil e se deparou, em dado momento, com algo que mudaria definitivamente seu foco enquanto profissional: práticas educacionais inovadoras. Foram 58 cidades visitadas e 30 práticas educacionais interessantes das quais tomou nota, “concluindo” ser a educação alternativa, em muitos casos, tão ou mais relevante que a tradicional.
– Educação pode acontecer em qualquer lugar. Existe uma educação viva que forma para a vida, não aquela em que você aprende conteúdos que nunca serão utilizados. Nesses lugares que visitei, ensina-se a olhar o outro, a conviver… Ensina, às vezes, muito mais do que se vê numa cartilha.
Dib exemplificou, contando que visitou lugares como a Fundação Casa Grande, no Ceará e o Centro Cultural de Desenvolvimento, em Minas Gerais. São escolas informais que ensinam a partir de uma troca humanizada “as coisas da vida”.

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